Tudo de bom acontece quando seus pais fazem aquela visita básica de fim de semana. E foi na última delas que os dois me apresentaram um álbum online de fotos antigas, ou como prefiro, clássicas, de Bom Jesus do Itabapoana, terra de hospitalidade, como diz a Canção do Bonjesuense Ausente.
Todas as fotos estão em um site jornalístico local, o Repórter Online. Apenas lá, sem data certa, créditos, nomes. Como toda boa lembrança, meio desfigurada pelo tempo e, mesmo assim, apaixonante. Registro aqui minhas favoritas.
Que charme esses taxistas à espera de seus clientes na Praça Governador Portela. A Igreja Matriz ao fundo. Tudo permanece muito parecido. Bom Jesus é como meu pequeno país comunista parado no tempo. Mentira. Cresceu muito, se modernizou dentro do que podia. Eu ainda retribuo tudo o que me deu, principalmente o pontapé que me botou para fora.
Copa do Mundo de 1958. Os bonjesuenses, assim como o resto do mundo, conhecem Pelé e comemoram o primeiro título do Brasil. Nessa foto, torcedores em frente ao prédio do jornal A Voz do Povo.
Muito a cara de Bom Jesus o padre comemorando o título de 58 com a galera. Adorei essa foto. Meu pai é apaixonado por carros. Execelente motorista. O primeiro emprego sério foi em uma concessionária da Ford que abriu em Bom Jesus. Mas, antes dela, havia a Willys. Esses modelos rurais da época são incríveis.
Imagina a cara que nós fizemos quando encontramos essa foto de uma reunião de mulheres, sabe-se lá Deus de quando? Deixei a melhor por último. Quem é a única mulher da foto que está olhando direto para a câmera? Detalhe para o sapato, a perna cruzada e o cabelo Audrey Hepburn. Meu exemplo de bom gosto (que a minha avó não me ouça), Tia Landinha, Iolanda, para os mais distantes. Ela tem nome de música, minha gente. Estilo vem de berço. Com seus 84 anos, ela continua não deixando barato. Unhas impecáveis e vestidinhos floridos. Bonita por demais, por dentro e por fora.
Um brinde ao que nunca envelhece.
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